sexta-feira, 30 de julho de 2010

O PARADOXO DO NOSSO TEMPO




Nós bebemos, fumamos demais, gastamos
sem critérios, dirigimos rápido demais, fica-
mos acordadod até mais tarde, acordamos
muito cansados, lemos muito pouco, assis-
timos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos
nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, o-
diamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver mas não a viver;
adicionamos anos a nossa vida e não vida a
nossos anos. Fomos e voltamos a lua, mas
temos dificuldade em cruzar a rua e encon-
trar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso pró-
prio.
Fizemos muitas coisas maiores mas pouquis-
símas melhores. Limpamos o ar mas poluímos
a alma; dominamos o átomo mas não nosso
preconceito; escrevemos mais, mas aprende-
mos menos.
Aprendemos a nos apressar e não a esperar...
Construimos mais computadores para arma-
zenar mais informações, produzir mais cópias
do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast food' e da digestão
lenta; do homem grande de carater pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divór-
cios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e
moral descartáveis, das rapidinhas dos cére-
bros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e mui-
to pouco na despensa.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que
ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se de dar um abraço carinhoso num ami-
go, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer "eu te amo" a sua companhei-
ra (o), mas em primeiro lugar ame...
Ame muito...
Um beijo um braço curam a dor quando vem lá
de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que vo-
cê quer, mas amar tudo que você tem.
Por isso valorize o que você tem e as pessoas que
estão ao seu lado.

Texto de : George Carlin


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